Foi minha primeira participação na escolha de uma empresa para um projeto. Até aquele momento, meu trabalho como assessor se limitava a apresentar as ofertas ao comitê e revisar seu conteúdo. O objetivo era oferecer ao comitê o conteúdo das ofertas da forma mais clara possível para que o seu estudo fosse simples e eles pudessem tomar a decisão correta em cada caso.

Essa experiência foi muito importante para mim quando comecei como parte da comissão que avaliou as ofertas. Este primeiro projecto em que participei foi uma instalação para a qual teria de ser contratada uma empresa especializada em Perforaçao em rocha Lisboa. Para isso, foi elaborada uma especificação para que as empresas estudassem o que precisavam e apresentassem sua oferta.

Embora não fosse um projeto muito grande, tinha uma certa complexidade devido ao tipo de rocha que teve que ser enfrentada conforme indicado pelos nossos técnicos nas especificações. Portanto, a empresa que optou por fazer o projeto precisava ter as mais recentes tecnologias de perfuração e escavação. Da mesma forma, nossa intenção foi minimizar os transtornos derivados da obra por se tratar de uma área habitada.

Assim, da comissão soubemos que o custo da obra poderia ser superior aos anteriores. O facto de ter que utilizar ferramentas e tecnologias especiais aliado ao nosso pedido para realizar os trabalhos com o mínimo de incómodos foi, sem dúvida, um desafio para as empresas do sector.

Isso teve uma dupla consequência. Por um lado, sabíamos que, face a estas condições, não seriam muitas as empresas especializadas em perfuração em rocha Lisboa que se poderiam candidatar ao projecto. Mas esperávamos não chegar ao extremo de nenhuma empresa se apresentar como já aconteceu nesse tipo de projeto. Mas no final não foi assim e até três empresas apresentaram os seus projectos, escolhendo aquele com a experiência mais acreditada em instalações da mesma natureza.